segunda-feira, 18 de junho de 2012

Último Reduto: Tão grandes como os maiores da Europa


Com a fase de grupos prestes a terminar, os melhores equipas deste EURO começam a ocupar os seus lugares no quadro dos quartos-de-final. Fantástico torneio na indefinição de quem passa e quem vai embora, com muita emoção e muitos golos à mistura. Nada de selecções em branco, nada de jogos empatados a zero. E a esse nível, estaremos a assistir a um dos melhores Europeus de sempre.

Dessa indefinição foi exemplo máximo o Grupo A, onde a favorita Rússia ficou pelo caminho, depois de aplicar uma goleada na primeira jornada. Uma vez mais – e sempre ligada a Portugal – a Grécia qualificou-se de fininho para a fase a eliminar, apostando na reedição do estilo de jogo que valeu o título em 2004. Em primeiro postou-se a República Checa para defrontar Portugal, que ontem se afirmou como uma grande equipa.

Que gozo deu ver jogar a Selecção! Indesmentível o querer e a competência destes jogadores quando encostados às cordas, do esteio Pepe aos inspirados laterais ofensivos, passando pela imponência de Veloso e pela omnipresença de Moutinho, culminando na pura classe de Nani e de Ronaldo. Um jogo colectivo impressionante que deu em vitória categórica – pena que, uma vez mais, a finalização esteja por afinar, caso contrário a Holanda regressaria a casa sem pontos e com uma goleada no saco.

Muita da culpa pela exibição de ontem pertence ao cartório de um extra-terrestre que com algum atraso aterrou na Ucrânia. Nestas coisas evita-se o absoluto, mas desafio-vos a lembrarem um jogo melhor de Ronaldo com as quinas ao peito. Dois golos, duas bolas no ferro, e mais duas ou três boas ocasiões para marcar, para além de momentos de classe como aquela recepção-finta que fica na retina de todos. A melhor exibição individual da fase de grupos deste EURO pertence ao melhor dos jogadores europeus, afundando as críticas que se levantaram nos últimos dias.

Ainda a tempo de ser o melhor. Ainda a tempo de nos fazer levantar do sofá. Quinta-feira não há cá chapeladas, é rumo às meias.

Sem comentários: